No Colégio Pedro II nós respeitamos nossas hierarquias que foram e são eleitas pelo voto democrático que trabalham muito para dar continuidade ao excelente trabalho de Ensino Público de qualidade, começado há 172 anos, respeitando e acatando toda legislação e orientação do MEC.
Há também nossos líderes sindicais, professores e técnicos, também eleitos democraticamente apesar da grande maioria docente se abster do processo político, que também luta pela continuidade deste bom trabalho, mais preocupados com a situação dos servidores e mais livres para “brigar” com o MEC e com o Ministério do Planejamento.
Na última assembléia da nossa categoria, meu nome foi eleito como Observador na 100ª Plenária do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – SINASEFE a ser realizada em Brasília dias 17 e 18/06.
Esta mobilização sindical já aconteceu outras duas vezes este ano, nas Marchas do dia 16 de fevereiro, do dia 13 de abril com 15.000 manifestantes e agora dia 16 de junho. De todas as partes do Brasil acompanhamos em animada e ordeira carreata uma Comissão de Negociação de 13 Entidades Sindicais até Ministério do Planejamento que recebeu como resposta: “voltem dia cinco de julho”.
O Plano Nacional da Educação, PNE, que ainda está para ser votado na Câmara poderá ser a solução para a Educação Brasileira, apresenta 10 diretrizes e 20 metas para ser cumpridas até 2020. Prevê valorização do magistério público da educação básica, duplicação das matrículas da educação profissional técnica de nível médio, destinação dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para o ensino e ampliação do investimento público em educação até atingir 7% do PIB – sobre isto os líderes sindicais propõem um plebiscito para que suba para 10% estando hoje em torno de 5%.
A retirada dos 3,1 bilhões do orçamento voltado à Educação em 2011, como forma de conter a inflação e tornar o país ainda mais rico – cresceu 1.3% no seu PIB no último trimestre – está precisando ser revisto!
O Programa Brasil Sem Miséria não pode apenas ser assistencialista, deve sim dar condições para que através dos estudos os filhos dos dez milhões de brasileiros que vivem com R$36,00 mensais não precisem de assistência.
O que muda tudo é o foco na educação, o efetivo progresso escolar das crianças.
Na Plenária do SINASEFE, as constatações da real situação da Educação, incluindo depoimento da professora Amanda Gurgel, que virou "hit" no YouTube após fazer um discurso contra o cenário educacional no Rio Grande do Norte e demais oradores ficou clara a decisão sobre paralisação das atividades.
Diante do projeto de lei de congelamento salarial para os servidores público federais, diante da falta de contratações via concurso público para prover suficiente número de vagas de servidores, resta-nos a incômoda situação de aderir à greve antipática para a sociedade e contra tudo que nós professores educadores queremos.
As pessoas não entendem se pensam que a única coisa que motiva o professor é seu salário. Pelo contrário, o que mais motiva o professor são as condições de trabalho, sentir que está fazendo a diferença e tendo bons resultados com os alunos.
A 100ª Plenária do SINASEFE decidiu em unanimidade pela greve a partir de 1º de Agosto.
Gostei de conhecer as pessoas envolvidas neste processo, com certo olhar de respeito por terem tanta dedicação aos interesses de todos nós.
Queridos alunos, com o coração na mão vejo que teremos que paralisar nossas aulas. Sem aulas, hoje já estão milhares de alunos nas escolas públicas; vocês e meus filhos ficarão sem aulas a partir de agosto, infelizmente.
Colegas professores vamos participar efetivamente desta causa que é de todos nós.
Se até 1º de agosto o Governo não reverter suas posições, nós vamos parar nossas atividades docentes.
Totti, Alceudispor!
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