domingo, 3 de fevereiro de 2013
NOVIÇO IRMÃO ALCEU TOTTI
Exatamente há 50 anos no dia 02/02/1963 tornei-me Noviço(conforme meu filho adolescente, tornei-me um ILLUMINATI) da Congregação dos Irmãos Maristas – presentes com os melhores colégios das grandes cidades e aqui no Rio de Janeiro eles são donos do Colégio Marista São José da Tijuca.
Vesti o Hábito Preto, a Batina, rompendo com “o mundo”.
Com outros 40 jovens “trabalhados” por quatro anos no Juvenato de Getúlio Vargas, RS, ficamos por um ano inteiro totalmente reclusos no Noviciado de Passo Fundo, RS, procurando a Perfeição, orando, cantando, meditando e estudando religião.
No dia 02/02/64, professamos os Votos de Pobreza, Castidade e Obediência, diante do Altar, na presença da família.
Completamos o ingresso na Vida Religiosa com mais três anos dos estudos em Santa Maria, onde também fizemos o Científico e daí partimos para a ação marista nos colégios pelo Brasil, educando os jovens para Deus, usando as ciências.
Fui com muita honra o Irmão Alceu Totti Silveira, usando batina, totalmente assumido, Professor em São Bento do Sul, SC, onde fundei a Olimpíada Marista que existe até hoje por lá e também fui Professor Marista em Curitiba onde dirigi a Divisão dos Menores do Internato Paranaense, atualmente Colégio Marista do bairro Batel.
Fui totalmente fiel aos Votos de Pobreza, Castidade e Obediência, não vi nenhuma pedofilia, mantinha dedicação 24 horas aos jovens sempre em busca da Perfeição e amor a Cristo.
Depois de seis anos praticando os Votos, pedi para sair - estava com 23 anos - porque senti-me uma peça na engrenagem capitalista uma vez que as famílias ricas do Norte do Paraná pagavam muito caro para que eu cuidasse dos seus filhos no Internato em Curitiba enquanto minha família no Sul era pobre e eu não ganhava nada porque tinha o Voto de Pobreza.
Saí da Vida Religiosa sem qualquer preparação para o “mundo” e sem qualquer quantia em dinheiro. Minha atitude foi considerada uma “insurreição”. O resultado foi um desastre porque não conhecia dinheiro e não conhecia nada sobre o amor. Mesmo assim fui um vencedor pelo idealismo de Professor!
Hoje, depois de quatro casamentos, com sete filhos adoráveis, sinto-me ainda aquele jovem idealista que procura ajudar a todos, feliz da vida por ser Servidor Público justamente no melhor Colégio do País.
Interiorização e determinação de fazer o outro feliz, penso que seja o segredo para a vida valer à pena.
Totti, Alceudispor!
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