domingo, 21 de junho de 2009

Falando sobre Educação – Solução começa pelo LIVRO

Vivemos num mundo científico-tecnológico. Hoje fazemos nada sem Matemática, Química, Física e Biologia. A juventude devia adorar Ciências e Tecnologia. O que se vê, porém, é uma busca pelas carreiras de História, Filosofia, Geografia....
As Ciências Exatas: Química, Física, Biologia e Matemática que sempre foram muito prestigiadas, com destaque na Época Militar, chamadas de Ciências Nobres, com certo desprestígio das carreiras “Humanas”, estão longe de serem as preferidas pelos jovens. Poucos escolhem estas carreiras. “Em cinco anos não haverá mais professores de Química, Física, Biologia e Matemática”. São cursos fáceis de entrarm, mas difíceis de sair da universidade. Depois há outros cursos mais lucrativos como as Engenharias e Medicina.
Por que será?
Não há motivação entre os jovens pelas ciências. Os professores são os primeiros a complicá-las nas suas aulas e nos seus livros. Cadê o laboratório de química, cadê as aulas práticas? Aprender química, física e biologia sem laboratório é piada.
No Brasil não temos um sistema equalitário de Ensino Médio. Enquanto nos Estados Unidos o Ensino Médio é gratuito, de qualidade e as Faculdades são particulares e pagas, muito caras por sinal, aqui no Brasil o Ensino Médio é de baixa qualidade, obrigando as famílias a matricularem seus filhos nas escolas particulares muito caras e as Faculdades são federais ou estaduais gratuitas. Pela preparação que os alunos recebem, só entram nas faculdades federais os alunos ricos egressos das escolas particulares. Exceção às escolas federais como CPII e IFETs que são escolas de Ensino Médio gratuitas de qualidade.
O currículo escolar do Ensino Médio nos Estados Unidos prevê um Básico e um Advance. No Curso Básico há noções gerais de quatro matérias: Matemátia; Línguas; História do próprio país e Noções de Ciências. No Advance são cursados, à escolha do aluno, cursos de Matemática; Física; Química e Biologia. Com o currículum o aluno se candidata às universidades. Será aceito dentro de uma escolha pelas notas adquiridas dentro do ranquim de candidatos.
Vivemos um momento de inversão. Antigamente se preconizava Saber Um Pouco de Tudo. Hoje vivemos uma época em que se preconiza a Especialização. Atualmente é valorizado quem sabe muito de uma assunto só e, na medida que sabe muito, descobre que não sabe muita coisa porque só sabe o seu assunto. O ENEM é um esforço de voltar ao Saber Um Pouco de Tudo.
A meta é, ou era até esta reforma, MENOS CONTEUDO e MAIS CONCEITOS.
O ENEM nasceu(nomes importantes: Maria Helena Castro e Maria Inês Fini) para:
1. Auto avaliar o aluno e identificar o que ele se tornou capaz de fazer com que aprendeu na escola de Ensino Médio.
2. Certificar o aluno para o mercado de trabalho nacional e internacional.
O ENEM hoje se tornou um Exame Vestibular com tendência mais aos conteúdos do que às habilidades.

Livro Didático
Um livro e as aulas devem responder bem as perguntas do aluno/leitor
1. O que isto tem a ver comigo?
2. O que eu faço com isto?
Cada módulo(aula) em que for dividido o livro deverá haver:

1. Problematização/Motivação
A aula deve começar com uma página com texto motivador com questões para reflexão, diretamente relacionado com o tema do capítulo, através de uma situação problema, vivida pelo aluno, que devem ser explicadas e resolvidas até o final da mesma aula.

2. Estrutura e apresentação dos conteúdos do capítulo com Ambiência e Contextualização
a) Texto mestre
Orienta e conduz a obra, é o texto principal e fundamental em que são apresentados os conteúdos de cada capítulo. Tudo com ambiência – dentro do ambiente real do aluno e contextualização.
A Interdisciplinaridade tem que obedecer as (21) Hablidades previstas pelo programa do ENEM.
Em quadros verticais, horizontais, laterais são apresentados: Quadro com Definições, História da Química, Saiba Mais e Você se Lembra?
b) Quadros de definição: Quadros de Anotação com o resumo do que está sendo exposto, dispostos em pontos estratégicos do texto mestre, bem como as imagens e outros recursos gráficos como tabelas, negritos, itálicos, diferentes níveis de título, etc, que facilitem a compreensão pelo aluno do conteudo focalizado.
c) História da Química: Traz informações de interesse histórico sobre descobertas, experimentos, histórico dos cientistas envolvidos com o assunto. Deve trazer a História do Pensamento Científico. Como, por exemplo, “Lavoisier” pensava a respeito, o que levou-o a fazer aquela experiência, quais foram suas dificuldades e conclusões.
d) Saiba Mais: Fornece aplicações da Química no quotidiano, curiosidades, entre outros assuntos de interesse dos alunos e pertinentes ao tema.
e) Você se Lembra? Remete o aluno a algum conhecimento prévio que ele já teve e deverá ser prérequisoto do assunto atual.
f) Teia de Conhecimento: Traz os assuntos interdisciplinares e contextualizados - como são abordados nas outras ciências.
Toda página deve contar, preferencialmente, com pelo menos um quadro lateral e ou imagem(fotografias, figuras, gráficos, charges, mapas). Devem estar diretamente associados ao conteúdo abordado no texto mestre.

3. Atividades
Ao final de cada módulo há sempre uma página de atividades relacionadas ao conteúdo específico daquele módulo. Essa página apresenta questões inéditas, com as respostas justificadas anexadas, em três níveis de dificuldade: nível básico(sempre em maior número), intermediário(menor número que as do nível básico) e avançado(em menor número que os demais níveis).
Alceu Totti Silveira

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